quinta-feira, 9 de abril de 2009

D. NUNO ALVARES PEREIRA O CONDESTÁVEL DE PORTUGAL

O Papa Bento XVI anunciou, para o próximo dia 26 de Abril, a canonização de D. Nuno Álvares Pereira, figura ímpar e incontornável da história de Portugal. Este acontecimento, é motivo de grande satisfação para todos os portugueses, que perante as dificuldades da vida e do mundo em que vivem, assistem a um acto de grande significado. D. Nuno Álvares Pereira viveu numa época de enormes desafios: desafios políticos, estratégicos, sociais e económicos. As crises do seu tempo tiveram custos e exigiram sacrifícios humanos e materiais dificilmente compreendidos por nós, sociedade contemporânea. Por isso, não será exagerado escrever: conheçamos o seu percurso, tomemos o seu exemplo, inspiremos-nos na sua vontade e juntos ultrapassaremos todas as dificuldades.
De autor anónimo A Cronica do Condestável de Portugal, D. Nuno Álvares Pereira é um texto do século XV, que a Fronteira do Caos Editores publicou com actualização ortográfica. A responsabilidade deste trabalho ficou a cargo da Dra. Teresa Lacerda, Mestre em História, que desenvolveu um trabalho de altíssima qualidade técnica e literária, e acima de tudo com enorme rigor científico. O respeito pelo documento original foi a sua principal preocupação. Desta forma disponibilizamos ao leitor contemporâneo um texto fundamental para compreender quem foi D. Nuno Álvares Pereira e qual a sua importância na história de Portugal.
Deixamos ao leitor um excerto do livro:
"Amigos! Eu não sei que vos diga mais, mas quero dizer-vos que quanto mais forem os castelhanos e maior a sua grandeza, mais acrescentada ficará a nossa honra e louvor quando os vencermos. Quanto ao facto de estarem nas hostes dos castelhanos os meus irmãos não vos preocupeis, pois garanto-vos que mesmo que entre eles estivesse meu pai eu não deixaria de lutar pelo meu Mestre, nem deixaria de defender a terra que me criou.
Para que creiam em mim, prometo-vos que serei o primeiro a lutar contra os meus irmãos. Quanto a sermos poucos e eles muitos não deveis por isso duvidar que estais praticando uma grande obra: não vos esqueceis que já aconteceu os poucos vencerem os muitos. Rogo aos que quiserem ir comigo a esta batalha que atravessem este riacho."
«Resposta de D. Nuno Álvares Pereira aos receios dos seus homens na véspera da Batalha dos Atoleiros»

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