terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O ÚLTIMO DUELO CRIME, ESCÂNDALO E JUSTIÇA NA IDADE MÉDIA




O Último Duelo é um livro indispensável para todos aqueles que se interessam por história Medieval. O leitor irá encontrar todas aquelas noções que pertencem ao nosso imaginário colectivo, mas que possuem um substracto bem real; os ideais de cavalaria, a noção de justiça, o valor da honra e as intrigas palacianas, que afinal constituem o deleite do leitor contemporâneo.
O autor, Eric Jager é doutorado pela Universidade do Michigan e ensinou na universidade de Columbia. Escreveu dois livros, incluindo o The Book of Heart (um estudo sobre o imaginário associado ao coração na literatura medieval) e autor de numerosos artigos para reputados jornais académicos. É professor de Inglês premiado da UCLA e vive em Los Angeles.
O Último Duelo é um livro cativante da primeira à última página, tão fascinante e intenso como os escândalos dos dias de hoje. Aliás, o livro não passou despercebido a Martin Scorsese, que o irá utilizar como base para o argumento do seu novo filme com o mesmo titulo: O Último Duelo.

Deixamos ao leitor um excerto do livro

"Numa manhã fria, pouco antes do Natal de 1386, milhares de pessoas encheram um grande espaço aberto nas traseiras de um mosteiro, em Paris, para verem dois cavaleiros travarem um duelo até à morte...
Os dois combatentes, de armadura completa e com espadas e adagas à cintura, estavam sentados frente a frente...
A multidão excitada, olhava não só para os dois temíveis guerreiros, para o jovem rei e para a corte, mas também para a bela e jovem mulher sentada num palanque envolto em tecido preto...
Sentindo em si os olhares da multidão e reunindo forças para a provação que se aproximava, ela fixou os olhos no terreno plano e liso onde o seu destino estava prestes a ser escrito em sangue. Se o seu paladino vencesse o duelo judicial e matasse o adversário, ela ficaria livre. Se fosse morto, ela pagaria com a vida por ter cometido perjúrio...
Quando os sinos de Paris tocaram a hora, o marechal do rei entrou na liça e ergueu a mão, exigindo silêncio".
O julgamento pelas armas ia começar.


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